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ARTE E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL

Foto do Primeiro tapete de contação de histórias de Aldeia Velha - A  Serra Grande e o Poço do Rôla

Primeiro tapete de contação de histórias de Aldeia Velha - A Serra Grande e o Poço do Rôla, confeccionado em 2013.

Somos seres históricos, artísticos, culturais. Carregamos em nós a natureza e suas infinitas tradições e traduções. Pessoas, lugares, cores, cheiros, sabores, fazem parte do que somos.

 

“Mas por que vocês têm tanto interesse nesse monte de coisas velhas?” 

 

Essa foi a pergunta que ouvimos após mais ou menos meia hora de papo com um dos moradores que encabeçavam nossa lista de encontros, Sr. Jair. Poderíamos chamar estes encontros de entrevistas, mas é difícil seguir um roteiro quando somos recebidos com biscoitos, café, carinho e tanta história pra contar. Em praticamente todos os encontros que se seguiram esta mesma pergunta se repetiu. Esse nosso interesse pelo que é “antigo”, pela tradição que não vemos mais hoje em dia, mas que se faz tão presente no cotidiano dessa vila, vêm trazendo à tona memórias já quase esquecidas.

"Mas e por que vocês quererm preservar isso tudo?"

 

Essa certamente foi a segunda pergunta mais ouvida. Explicamos:

 

O Município de Silva Jardim detém o título de Cidade Verde, abrigando uma das maiores áreas de Mata Atlântica preservadas do estado do Rio de Janeiro e possuindo o maior número de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) do país. Além de parte de seu território estar compreendida no Parque Estadual dos Três Picos, 95% da área total do município fazem parte da APA (Área de Proteção Ambiental) da Bacia do Rio São João.

Com estes dados em mente, lembramos que esta floresta que conhecemos hoje é resultado de um processo histórico e humano. Esta mesma floresta que hoje preservamos ajudou a construir Aldeia Velha (e todos os municípios da região) e abastecê-la desde épocas pré-históricas. Ao fim de cada ciclo (agricultura indígena, engenhos, café, carvão, unidades de conservação etc.) houve o retorno da floresta, a qual sempre volta diferente, mas volta. 

 

Longe de ser uma crítica, mas é fundamental salientar que a criação de Unidades de Conservação, no Brasil, ainda não leva em conta a história da ocupação humana das comunidades onde se inserem. Ao contrário, tentam impor um novo padrão de consumo e de comportamento como, por exemplo, o uso destas áreas para o turismo esportivo e de aventura, cujos praticantes, segundo o Professor Rogério Oliveira, Doutor em Geografia Humana, “pisam na história do local, sem saber” (documentário "Sobre Rochas", episódio 7).

Para suprir esse espaço informativo, tanto para a comunidade local - moradores, alunos, professores - quanto para os turistas, é que se pensam as atividades de Educação para o Patrimônio do Ponto de Memória Ypuca. Veja abaixo algumas ações desenvolvidas! 

CONTAÇÃO DECOLONIAL DA HISTÓRIA DA REGIÃO 

Contação da história de Aldeia Velha aos alunos da Escola Estadual Municipalizada Vila Silva Jardim, em Aldeia Velha, no ano de 2017.
Contação da história "Aldeia de Ypuca" durante evento Ypuca Camping, em Aldeia Velha.

O trabalho de educação feito com arte têxtil do Ateliê Permacostura começou no ano de 2017. À esquerda, na Escola E. M. Vila Silva Jardim, localizada em Aldeia Velha, em 2017. À direita, no Festival Ypuca Camping de 2018.

“Confecção de Tapete e Roteiro para a Contação da História Aldeia De Ypuca” - Ação realizada por integrantes do Ponto de Memória Ypuca em 2021, durante a pandemia de Covid 19, como contrapartida do Espaço Cultural Manioca Colab, beneficiário do subsídio providenciado pelo Edital de Chamamento Público n. 02/2020 da Secretaria de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer do Município de Silva Jardim/RJ. O kit foi doado para a Escola E. M. Vila Silva Jardim, em Aldeia Velha.

Ao lado, etapa de pintura dos bonecos que compõem o kit da contação de histórias decoloniais.

Contação Decolonial da história "Aldeia de Ypuca, de Patrícia Depiné.

CULTURA TÊXTIL PERMANENTE - Parceria do Ponto de Cultura Ypuca com o Ateliê Permacostura

Desde 2013 o Permacostura desenvolve projetos de arte têxtil voltada para a Educação para Memória e Patrimônio, em um viés Decolonial, onde os povos originários e africanos podem, enfim, se tornar protagonistas. Personagens viram bonecos, retalhos viram cenários e a história vira roteiro, onde a imaginação corre por conta de quem estiver de posse do material!

Acima: Etapas de produção dos bonecos pintados em aquarela e costurados artesanalmente. Abaixo: bonecos feitos com retalhos de tecidos.

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A ilustração ao lado, chamada "Educar é um ato revolucionário", foi feita com os últimos bonecos costurados, ao final do curso Escola de Moda Decolonial, promovido pelo Fashion Revolution, uma organização que 

 

O trabalho foi selecionado para compor o Livro Digital do Fórum Fashion Revolution Brasil 2024 e estará exposto no Museu de Arte de São Paulo em novembro deste anos, durante o evento do Fórum. Mais do que isso, foi escolhida como um dos finalistas do Prêmio Fórum Fashion Revolution Pernambucanas.


Compreendemos o poder que a cultura, a arte e a educação possuem, quando vemos nosso trabalho chegando em lugares que antes nem imaginávamos chegar, e alcançar pessoas que nem pensamos ainda em conhecer, mas que já compartilham do mesmo sonho...

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Foto da Serra Grande ou da Boa Vista

Realização:

© 2021 por Patrícia Depiné. Criado com Wix.com

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Patrocínio:

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